domingo, 12 de dezembro de 2010

"A Comédia dos Erros", de William Shakespeare

Identificação do Livro

Autor: William Shakespeare
Título Original: The Comedy of Errors
Nº. de págs.: 39 
Classificação: Outras Formas Literárias. Texto Dramático.


SinopseA Comédia dos Erros, a mais curta das peças de William Shakespeare, é inspirada no comediógrafo romano Plauto e gira em torno das confusões causadas por dois pares de gémeos. É considerada pelos investigadores como a primeira peça de Shakespeare, estreada nos palcos provavelmente em 1594.



Críticas


«A comédia dos erros não deve ser confundida com uma comédia leve. Muito ao gosto de Shakespeare, ainda que em sua estreia como dramaturgo, os diálogos introduzem considerações sobre a condição feminina e sobre a condição servil; há credores e devedores e a honra de cada um; discute-se o lugar do ciúme no casamento; existe uma autoridade política que procura administrar justiça com compaixão; mais importante ainda, há a moderna busca pela identidade própria.» - Beatriz Viégas-Faria



PONTUAÇÃO DOS LIVROS

  • ❤ - Favorito




Sugestões

Neste site encontram mais obras de Shakespeare disponíveis para download.
Atentem nesta opinião em «Plano Crítico».
Há imensa informação sobre esta peça, há muitas adaptações feitas. Basta procurar.






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domingo, 7 de novembro de 2010

Filme "A Profecia Celestina" (2006)




John está prestes a experimentar uma dramática e profunda metamorfose. Através de uma misteriosa sequência de coincidências, dá por si a embarcar numa aventura às florestas tropicais do Peru em busca de nove antigos pergaminhos, conhecidos como A Profecia Celestina.

A profecia prevê um despertar mundial que redefine a vida humana e vislumbra um nível mais profundo de espiritualidade emergente na terra. Quando alguns membros corruptos do clero descobrem que os nove pergaminhos existem, juram mover o céu e a terra para impedir que a profecia seja revelada.
A jornada de John em busca desta descoberta torna-se numa aventura repleta de eventos misteriosos e inesperados encontros – sendo que nenhum deles é uma mera coincidência. Cada pessoa que cruza o seu caminho dá-lhe uma pista para desvendar o mistério intemporal dos nove pergaminhos, mas conseguirá ele descobrir o seu significado em tempo útil?






Trailer




Classificação do Filme

✰✰✰✰ - Bom




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"A Profecia Celestina", de James Redfield



Identificação do Livro



Autor: James Redfield [site oficial do autor]
Edições: Casa das Letras
Nº de págs: 304
Classificação: Esoterismo

SinopseUm livro que surge uma vez na vida para mudar a vida para sempre.
Inspirado num antigo manuscrito peruano, este livro é um romance de iniciação à nova consciência - transcendente, espiritual - que está a emergir no mundo. Tomando como modelo, ainda que remoto, a procura do Graal, «A Profecia Celestina» não é apenas a história de uma aventura e de uma descoberta; é, sobretudo, um guia com o poder de reinventar as nossas percepções existenciais e de nos conduzir em direcção ao futuro com renovado optimismo e energia.


Críticas de Imprensa



«Um clássico espiritual... um livro para ler e reler, para partilhar e para oferecer aos nossos amigos.»

Joan Borysenko, Ph. D.
Escola Médica de Harvard

«James Redfield conjuga emoção, suspense e sabedoria espiritual.»
Brian Weiss

«O livro que irá definir a nossa década.»
The Advocate, Los Angeles




Aspectos Interessantes



As Nove Revelações do Manuscrito são sem dúvida o cerne de toda a trama desenvolvida. Cada capítulo refere-se a uma revelação, e em cada capítulo a personagem principal conhece uma pessoa diferente que lhe explica a revelação. Acho também impressionantea questão das coincidências, apesar de ter tido muitas ao longo da minha vida, mas no livro parecem acontecer de uma forma mais fluída, mais natural.

Opinião Pessoal



O autor transmite a sua sabedoria espiritual através deste romance. As Revelações do Manuscrito são como que conselhos que ele dá ao leitor para melhorar a sua vida, muitos conceitos-chave dessas Revelações pertencem à Psicologia, à História, às Ciências Naturais (biologia, química, física) e a tantas outras áreas do foro espiritual e religioso.
É um livro interessante para quem gosta de questões metafísicas.

Aconselho que visitem estas págs:



E que leiam o livro para tirarem as vossas próprias conclusões. Eu tirei as minhas, mas prefiro guardá-las para mim até clarificar todos os meus pensamentos. Depois disso, talvez partilhe.



Pontuação do Livro
  • ✰✰✰✰✰ - Muito Bom

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ







domingo, 3 de outubro de 2010

Quote "Cândido"









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"Cândido", de Voltaire


Identificação do Livro


Autor: Voltaire
Nº. de págs.: 120
Colecção: Colecção Novis - Biblioteca Visão Nº 9
Ano de edição: 2000
Classificação: Conto

Sinopse: O espírito do Iluminismo transparece com humor e ironia em Cândido, conto no qual Voltaire insinua a crítica de um mundo vivido entre as contradições do optimismo e do pessimismo, do bem e do mal. O herói da narrativa percorre diversos lugares, incluindo Portugal e o utópico Eldorado, conhecendo peripécias fantásticas e sucessivas desgraças «no melhor dos possíveis». Cândido, nas suas aventuras e desventuras, a amada e não menos desafortunada Cunegundes, assim como os filósofos Pangloss e Martin, constituem personagens de uma sátira que se ergue contra o fanatismo, a intolerância, a ignorância e a injustiça. 



Opinião Pessoal


É o primeiro livro de Voltaire que li e gostei bastante.



PONTUAÇÃO DO LIVRO

  • ❤ - Favorito


Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ



Mais infos




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domingo, 12 de setembro de 2010

"A Febre das Bruxas" de Leif Esper Andersen

Identificação do Livro


Autor: Leif Esper Andersen
Título Original: Heksefeber
Edições: Círculo de Leitores
Nº. de págs.: 110
Ano de edição: 1981
Classificação: Literatura Juvenil


Sinopse: Esben, um jovem de 15 ou 16 anos, é confrontado com a morte de sua mãe e decide fugir. Encontra Hans, um Grande Sábio, que o protege durante uns tempos, até o matarem também...
Sob o panorama do misticismo da Idade Medieval, Leif Esper Andersen, num relato histórico direccionado ao público mais jovem, tenta dar a conhecer os fenómenos de perseguição a mulheres e homens considerados "bruxos", fenómenos esses baseados em preconceitos e medos do desconhecido, tão típico da época medieval.



Opinião Pessoal


Leif Esper Andersen, foi um autor dinamarquês dos anos 60-70 de literatura infanto-juvenil. A temática presente em quase todos os seus livros é a perseguição: «Por que é que alguns são perseguidos?»
Precisamente nesta sua obra, «A Febre das Bruxas», o autor mostra perseguições a uma mulher e a um homem que tinham alguns conhecimentos de plantas curativas, de técnicas rudimentares para sarar feridas e endireitar ossos, etc, etc,... Essas duas pessoas não se auto-proclamavam feiticeiros nem bruxos, apenas se consideravam dotadas de algum Bem especial para ajudar os outros, os que sofriam de maleitas físicas.

Ora, relembrando o contexto histórico - Idade Média - e segundo o historiador Gustav Henningsen: «o medo da bruxaria é uma crença popular com base num sistema de ideias mágicas de certas pessoas que, se supõe, ameaçam destruir a sociedade por dentro. A maioria dessas pessoas são mulheres, mas há também homens. Considera-se que essas pessoas têm um poder natural inato, não adquirido por técnicas, mas herdado, ou obtido mediante pacto com demónios. Por isso, acreditava-se que o simples toque, olhar, de uma bruxa podia fazer mal à pessoa.  Isso provocava pânico na sociedade da época. (...) O fenómeno das bruxas é algo quase universal. (...) Entende-se que isso era fruto da falta de conhecimentos científicos que hoje temos e também por causa dos grandes sofrimentos do homem medieval (pestes, guerras, doenças, invasões bárbaras, saques). O misticismo acabava vendo no demónio quase o único culpado de todos os males. Daí o rigor para punir quem tivesse parte com ele. Assim, bruxos e bruxas se tornaram como que os “bodes expiatórios” para o povo desabafar os seus males.»
«A maioria do povo era supersticioso, a pureza do Evangelho ainda não havia dominado a cultura; e as pessoas  viam nos magos e bruxas seus maiores inimigos,  por isso praticavam inúmeras violências e mortes desses na fogueira.» _ Professor Felipe Aquino

Ainda sobre o livro,
o autor principal é Esben, o tal rapaz de 15 ou 16 anos.
Após a morte de sua mãe, após a convivência com Hans e travado conhecimento, pareceu ao nosso jovem ter encontrado a sua vocação: ajudar os outros, tal como sua mãe e Hans fizeram. Porque as suas condutas não eram pecaminosas aos olhos de Deus, mas aos olhos dos homens. E a justiça dos homens é mais cruel que a justiça de Deus.

«A grande massa das pessoas... elas nunca conceberam uma ideia. Mas adquiriram uma quantidade de preconceitos, e estão convencidos de que esses preconceitos são verdades» - in A Febre das Bruxas



PONTUAÇÃO DO LIVRO

  • ✰✰✰✰✰ - Muito Bom



Sugestões


Encontrei este artigo «A Bruxaria e a Feitiçaria no contexto da Inquisição», que é muito interessante!




。◕‿◕。




terça-feira, 31 de agosto de 2010

"Contos de Terror e Arrepios" - nº 27


I. Identificação do Livro


Autor: Bram Stoker
Edições: QuidNovi
Nº. de págs.: 95
Colecção: Biblioteca de Verão JN e DN
Ano de edição: 2010
Classificação: Terror

Sinopse:
Histórias de terror que descrevem ambientes sinistros e onde se praticam torturas e crimes sucessivos. Os acontecimentos sucedem-se a um ritmo estonteante e assustador. Os assassinos são cruéis! Um dos melhores exemplos da literatura de terror.



II. Mais infos

domingo, 29 de agosto de 2010

"Daisy Miller" - nº 26

I. Identificação do Livro


Autor: Henry James
Edições: QuidNovi
Nº. de págs.: 96
Colecção: Biblioteca de Verão JN e DN
Ano de edição: 2010
Classificação: Novela


Sinopse:
Winterbourne é um ilustre e rico jovem norte-americano que se apaixona pela bela Daisy, uma bela e impertinente rapariga, cujos comportamentos não se ajustam aos códigos rígidos e moralmente aceites pela sociedade europeia.




Pontuação do Livro
✰✰✰✰ - Bom

    Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ




    II. Mais infos

    sábado, 28 de agosto de 2010

    "Os Conjurados" - nº 25

    I. Identificação do Livro


    Autor: Jorge Luís Borges
    Edições: QuidNovi
    Nº de Págs.: 94
    Colecção: Biblioteca de Verão JN e DN
    Ano de Edição: 2010
    Classificação: Poesia




    II. Mais Infos

    • Alguns poemas do autor neste blogue;
    • O Autor e a sua obra na Wook;
    • A última entrevista do Autor - Revista Bula




    quinta-feira, 26 de agosto de 2010

    "Os Crimes da Rua Morgue" - Nº24

    I. Identificação do Livro


    Autor: Edgar Allan Poe
    Edições: QuidNovi
    Nº. de págs.: 96
    Colecção: Biblioteca de Verão JN e DN
    Ano de edição: 2010
    Classificação: Policial e Thriller

    SinopseOs Crimes da Rua Morgue é considerado por muitos como a primeira obra policial de sempre. 
    Mãe e filha são encontradas mortas num edifício situado na rua Morgue, uma artéria ficcional parisiense. As vítimas foram brutalmente assassinadas e a sala onde foram descobertos os cadáveres encontra-se trancada por dentro. Para adensar o mistério, os vizinhos alegam ter ouvido o assassino a falar numa língua estranha que ninguém consegue identificar. Quando um homem é acusado do crime, C. Auguste Dupin, um indivíduo solitário e de aguçada inteligência, oferece-se para ajudar a polícia de Paris a resolver este caso aparentemente sem solução e impedir que um homem inocente seja preso por um crime que Dupin acredita que ele não cometeu. Um pêlo encontrado junto dos corpos leva-o a crer que o assassino poderá não ser humano…
    Neste volume, encontra-se outro caso protagonizado por C. Auguste Dupin, «O Mistério de Marie Rogêt».


    II. Opinião Pessoal


    Espetacular!
    Lembra-me a série televisiva "O Mentalista".




    Pontuação do Livro
    ✰✰✰✰ - Muito Bom





      III. Mais Infos





      terça-feira, 24 de agosto de 2010

      "A Virgem e o Cigano" - Nº23

      I. Identificação do Livro


      Autor: D. H. Lawrence
      Edições: QuidNovi
      Nº. de págs.: 94
      Colecção: Biblioteca de Verão JN e DN
      Ano de edição: 2010
      Classificação: Romance

      SinopseD. H. Lawrence é um imaginador de homens “autênticos”, sedutores da Mulher que não resiste ao apelo primordial do corpo; obriga classes sociais a vergarem-se a um vento que sopra das origens do mundo e a esquecer regras rígidas, conceitos que as aprisionam, para seguirem o irresistível apelo que aparece de corpo a corpo e faz o homem resplandecer de vida ou, pelo contrário, se moldado pelas fealdades da sociedade estabelecida, soçobrar num fracasso de relações. 
      A Virgem e o Cigano é uma das obras maiores de Lawrence”, diz F. R. Leavis. É também um dos seus êxitos literários. Reflecte, como poucos, os temas e os conflitos que o obcecaram, opondo os adeptos da vida aos adeptos da moral. O Cigano é símbolo de vida e do apelo sensual da vida. E a Virgem obedece à força obscura que actua no homem, vinda de dentro, estranha de todo o mundo policiado do espírito e da razão.



      II. Citações

      "Também ele [o cigano] se tornara inacessível. A sua raça era muito antiga, na sua peculiar batalha com a sociedade estabelecida há muito que não obtinha uma vitória. Só de vez em quando conseguia marcar pontos. Porém, desde a guerra, a velha e desportiva hipótese de marcar um ponto de vez em quando ficara muito reduzida, mas não se falava em submissão. Os olhos do cigano mantinham o olhar atrevido, mas agora endurecido e dirigido para longe, o toque de intimidade insolente desaparecera. Ele passara pela guerra."

      III. Opinião Pessoal





      Pontuação do Livro
      • ❤ - Favorito





        IV. Mais Infos





        domingo, 22 de agosto de 2010

        "Voo Nocturno" - nº22

        I. Identificação do Livro


        AutorAntoine Saint-Exupéry
        Edições: QuidNovi
        Nº. de págs.: 95
        Colecção: Biblioteca de Verão JN e DN
        Ano de edição: 2010
        Classificação: Romance

        SinopseO herói de Voo Noturno eleva-se a uma virtude sobre-humana. Julgo que o que mais me agrada neste relato vibrante é a nobreza. As fraquezas, os abandonos, as insuficiências humanas, essas conhecemo-las nós de sobra, e a literatura dos nossos dias sabe até bem de mais como denunciá-las; mas este ultrapassar de si mesmo conseguido por uma vontade inquebrantável, isso sim, é o que temos sobretudo necessidade que nos mostrem.Tivemos numerosos relatos de guerra ou de aventuras imaginárias em que o autor revela por vezes um subtil talento, mas que fazem sorrir os verdadeiros aventureiros ou combatentes que os lêem. Estes relatos, de que admiro em igual medida o valor literário, têm, além disso, o valor de um documento, e estas duas qualidades, tão inesperadamente unidas, conferem a estes textos a sua excepcional importância.



        II. Citações

        "- És muito bonito - Surpreendeu-o a pentear-se cuidadosamente.- É para as estrelas?- É para não me sentir velho.- Tenho ciúmes...Ele riu-se mais e beijou-a, e apertou-a contra as suas roupas pesadas. Depois ergueu-a nos braços, como se ergue uma rapariguinha e, sempre a rir, deitou-a na cama:- Dorme!E, fechando a porta atrás de si, deu na rua, no meio do incognoscível povo noturno, o primeiro passo da sua conquista.Ela ficava ali. Olhava, triste, para aquelas flores, aqueles livros, aquela doçura, que para ele eram só um fundo de mar.

        «É a experiência que faz as leis.»

        III. Opinião Pessoal


        Pontuação do Livro
        ✰✰✰✰ - Muito Bom





          IV. Mais Infos





          Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ




          sábado, 21 de agosto de 2010

          "Noites Brancas" - nº 21

          Identificação do Livro


          Autor: Fiodor Dostoievsky
          Edições: QuidNovi
          Nº. de págs.: 95
          Colecção: Biblioteca de Verão JN e DN
          Ano de edição: 2010
          Classificação: Conto

          Sinopse:
          Noites Brancas (publicado pela primeira vez numa revista em 1848) esboça a figura de mais um herói proscrito da lista de Dostoiévski, desta feita o sonhador. Este sonhador de Noites Brancas não é só um romântico lamechas, mas uma “aberração” social, como o próprio autor (em Crónicas de Petersburgo, 1847) explica: não podendo o homem encontrar o seu lugar no mundo, “(...) nos caracteres ansiosos da actividade, mas fracos, femininos, ternos, nasce a pouco e pouco aquilo a que se chama ‘sonhadorismo’, e o homem deixa de ser homem, torna-se uma espécie esquisita... — o ‘sonhador’ (...). A realidade produz no coração do sonhador uma impressão grave, hostil, que então se apressa a meter no seu cantinho secreto e dourado, que na realidade é, não raro, poeirento, desmazelado, desarrumado e porco. A pouco e pouco, o nosso rebelde começa a alienar-se dos interesses comuns e, gradualmente, imperceptivelmente, começa a embotar-se nele o talento de viver na vida real.” É assim o herói de Noites Brancas, mergulhado na sua trágica solidão. A linguagem deste conto, fazendo jus ao eclectismo do autor neste particular, assume-se ironicamente e de raiz como melifluamente romântica. 
          Noites Brancas refere-se às noites do início do Verão em que não escurece, fenómeno observado em ambos os hemisférios a partir dos 60 graus de latitude norte e sul (em Petersburgo vai de 11 de Junho a 2 de Julho). Estas noites de Petersburgo que imitam o dia são o símbolo que preside ao conto de Dostoiévski: o sonho imitando a vida, até se tornar nela, para sempre. 



          Pontuação do Livro
          ✰✰✰✰ - Muito Bom

            Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ


            II. Mais infos

            quinta-feira, 19 de agosto de 2010

            "A História de um Sonho" - nº 20

            Identificação do Livro

            Autor: Arthur Schnitzler
            Edições: QuidNovi
            Nº. de págs.: 95
            Colecção: Biblioteca de Verão JN e DN
            Ano de edição: 2010
            Classificação: Romance

            Sinopse:
            A cumplicidade e a intimidade de um jovem casal de burgueses vienenses são colocadas em risco quando decidem confessar as suas fantasias, no regresso de um baile de máscaras. Numa sucessão de episódios (reais ou não) a história desenvolve-se de uma forma erótica. Este livro serviu de inspiração ao filme "De Olhos Bem Fechados", de Stanley Kubrick.




            Pontuação do Livro
                                                                                 ✰✰✰✰ - Bom

              Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ



              II. Mais Infos




              terça-feira, 17 de agosto de 2010

              "A Criada Zerlina" - nº 19

              Identificação do Livro


              Autor: Hermann Broch
              Edições: QuidNovi
              Nº. de págs.: 91
              Colecção: Biblioteca de Verão JN e DN
              Ano de edição: 2010
              Classificação: Romance

              Sinopse:
              Zerlina é uma velha criada que descobre o amor, a paixão, o desejo, o ciúme e o desejo pela morte, inserida num mundo que observa e relata. Decide então ser executora da consequência do sistema de valores sociais que identificou. Uma história de amor intensa. 



              II. Apreciação Crítica

              O nome do autor pode confundir quanto ao seu género. Mas é mesmo um homem a escrever uma história destas. Um homem a desvendar o mundo feminino das emoções, a passear pelos pensamentos e desejos mais obscuros e caricatos das mulheres... 
              A história passa-se, muito provavelmente, nos inícios do séc. XX. Como era habitual em todas as casas ricas das cidades, havia criadas. Rapariguitas moças dos campos iam para essas casas trabalhar por tempo indefinido, passavam a ser quase membros da família e conheciam todos os segredos e cantos à casa. Zerlina é uma dessas criadas. A história da sua vida é um autêntico romance :)

              Como é referido na sinopse, Zerlina pretende ser executora da consequência do sistema de valores sociais da sua época. Mas o que quer isto dizer?
              Em nova agiu conforme as suas emoções, através do desejo pelo corpo e da sede de paixão.
              Agora em velha age com experiência de vida, sabedoria, com a razão.
              Como li algures, ela transformou-se. Passou de um «ser erótico» para um «ser ético». Isto ao longo dos anos, claro, não foi uma mudança do dia para a noite.
              Não me atrevo a dizer que se purificou, porque isso significaria voltar atrás no tempo e esquecer todas as mágoas e feridas do seu coração -> Impossível!
              Zerlina, mesmo na velhice, continua a alimentar pensamentos obscuros... 

              A outra personagem que entra na história é A., ou pode-se dizer o próprio leitor (?), um hóspede que ouve a fantástica trama desta criada. O autor não deu um nome, apenas uma letra... Isso só torna mais real o tempo da narrativa, pois qualquer leitor pode colocar-se na "pele" deste A.


              Uma frase deixada por Zerlina:
              "(...) A nossa responsabilidade, tal como a nossa maldade, é sempre muito maior que nós próprios (...)"



              Pontuação do Livro
              ✰✰✰✰✰ - Muito Bom

                Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ


                III. Mais infos

                domingo, 15 de agosto de 2010

                "A Ruiva" - Nº 18


                Identificação do Livro


                Autor: Fialho de Almeida
                Edições: QuidNovi
                Nº de págs.: 95
                Coleção: Biblioteca de Verão JN e DN
                Ano de Edição: 2010
                Classificação: Romance



                Opinião Pessoal

                Esta história mete-me pena, independentemente do contexto rural onde se insere, mete-me pena pela pobreza de espírito das pessoas. Mais uma vez confirma-se que, a pobreza de espírito é muito pior do que a pobreza do dinheiro. Uma pessoa sem valores é oca, e a Ruiva é exemplo disso. É verdade também que o meio influencia, positiva ou negativamente, mas se alguém tiver valores saberá discernir o certo do errado, e saberá escolher o melhor caminho.

                Vemos aqui uma rapariga que não tem ideia do que é ter uma família, e se a família é a base da sociedade, como é que esta rapariga poderia ser?

                Até agora elenquei os dois principais problemas que encontrei na vida desta rapariga: ausência de família e pobreza de espírito. Estas lacunas poderiam ser colmatadas se as vizinhas, o padre, e outros agentes daquela pequena localidade, se substituíssem à família e ajudassem a rapariga a crescer com valores.
                Mas às vezes é pior a emenda do que o soneto, como diz o adágio popular. E nesses casos, é preferível estar quieto do que estragar a alma de uma pessoa, que foi o que aconteceu à Ruiva, aprendeu muito bem os vícios e pecados da alma em vez dos bons valores cristãos; não teve um projeto de vida, tornou-se uma pessoa sem ânimo, sem brilho.
                É pena...

                Na história vemos as opções que escolheu, as atitudes que tomou, sabemos tudo o que aconteceu: as causas, os motivos, as razões. E mesmo assim, conseguimos ficar perplexos com tudo o que aconteceu, com as voltas que a vida dela deu, assim como a nossa vida também dá voltas.

                A Ruiva não prejudicou muito outras pessoas, ela foi, sem dúvida, a mais prejudicada. No entanto, há pessoas nos nossos dias, com o histórico de família idêntico ao dela que causam muito prejuízo à sociedade, pelos mais variados crimes. Volto a repetir, a Família é a base da Sociedade, a prevenção começa aí. Tenho dito.



                PONTUAÇÃO DO LIVRO

                • ✰✰✰✰✰ - Muito Bom



                Sugestões




                。◕‿◕。