domingo, 19 de fevereiro de 2017

"A Baronesa quer casar toda a gente", de Germaine Acremant







Identificação do Livro

Autor: Germaine Acremant
Título Original: Gai, marions-nous!
Edições: Portugália
Nº de págs.: 232
Coleção: Biblioteca das Raparigas - nº 46
Classificação: Literatura Juvenil. Dos 14 anos em diante.

Sinopse: «O Senhor e a Senhora X têm o prazer de anunciar o casamento de sua filha ...  com o senhor ...». Um simples cartão que o correio leva na sua mala de couro, com a mesma indiferença com que transporta as cartas comerciais ou os jornais diários! E contudo, quantos anseios, quantos sonhos cor-de-rosa faz acordar nos corações das raparigas! Um simples cartão de três linhas, leve como uma asa de borboleta, mas que pode esconder um romance inteiro!... Comédia, opereta ou drama - quem sabe lá! Para uns será o fim, para os privilegiados um feliz começo. Presente de um sonho tornado realidade, mensageiro do amor flutuando sobre as brisas perfumadas da esperança juvenil - possa esse cartãozinho ser o arauto da felicidade!


Sobre a Autora

GERMAINE ACREMANT nasceu no Pas-des-Calais, onde começou os estudos, terminados mais tarde na Escócia. Os seus primeiros ídolos literários foram Shakespeare e Dickens, e deles colheu a terna fantasia e o otimismo que sorri mesmo na dor. Como mulher, Germaine Acremant deve à sua origem do Norte a calma, o sangue-frio, a maneira algo distante de aceitar a conveniência e refugiar-se no sonho; da sua existência quotidiana junto de médicos (bisavô, avô, pai e irmão) veio-lhe o espírito realista e o gosto da observação minuciosa; finalmente, da sua educação na Inglaterra tirou as vantagens de uma observação lúcida, fria, formando o seu espírito livre do meio e dos preconceitos da terra natal. No livro que se apresenta, a autora não poupa os ridículos, é um livro lúcido na observação e na crítica, digamos até caricatura, com que desfilam ante nós as figuras importantes de uma terra de província: o escrivão, o juíz, o notário, o médico, o conde retirado nas suas propriedades, a baronesa enquistada no seu luto, etc. Germaine Acremant não lhes poupa os ridículos, antes os agarra, os fixa, os avoluma, mas sempre sem maldade nem baixeza. É uma crítica saudável, alegre, cheia de graça, espírito, elegância e correção. E também cheia de ternura.





PONTUAÇÃO DO LIVRO
  • ✰✰✰ - Bom

domingo, 12 de fevereiro de 2017

"Clara e os malfeitores", de Paul Vialar


Identificação do Livro

Autor: Paul Vialar
Título Original: Clara et les méchants
Edições: Portugália
Nº de págs.: 212
Coleção: Biblioteca das Raparigas - nº39
Ano de edição: 1971
Classificação: Literatura Juvenil. Dos 12 anos em diante.

Sinopse: Clara tem 10 anos e é filha de milionários. Vive num lindo palacete e parece possuir tudo para ser feliz. Mas contudo Clara sofre, está farta da enfadonha Miss que a vigia a todo o momento, que lhe escolhe os vestidos, os alimentos, as companhias, as leituras, as histórias, os professores, velhos e catarrentos, teimosos e insípidos... Mal vê a mãe, sempre afadigada, entre as casas de modas, os chás e os passeios; ou o pai, sempre em viagem de negócios, a cavar grandes fortunas. Deseja ardentemente que lhe aconteça qualquer coisa que modifique aquela vida monótona. E uma noite, nem sabe se dorme e sonha, ou se está bem desperta, o reposteiro afasta-se e ela vê, sim, vê, encantada, quatro homens que logo reconhece como sendo figuras das histórias que a Miss lhe conta: Carlos Magno, o gordo Sancho, o Palavroso da Branca de Neve, tão comicamente gago, e o Mandão. Sem receio algum, Clara facilita imensamente a tarefa difícil de transpor aquela fortaleza. Nada mais é preciso para começar uma longa série de engraçadas e perigosas aventuras para a pequena milionária...


Sobre o Autor

PAUL VIALAR nasceu no fim do séc.XIX, na região parisiense. Voltando da Grande Guerra, publica o seu primeiro livro de versos «Le Coeur et la boue», e estreia-se no teatro, onde viria a fazer obra vasta, apresentada nas principais salas de Paris. Torna-se um autor dramático de nomeada. Em 1939 recebe o Prémio Femina, com o romance «La Rose et la mer». Em 1948 alcança outro grande prémio com o romance «La mort est un commencement». Desde 1940 Paul Vialar escreveu cerca de sessenta obras, traduzidas em vinte línguas e das quais se fizeram quinze filmes. Foi presidente da Sociedade de Escritores durante três anos, presidente honorário do Sindicato de Escritores e da Federação das Sociedades de Autores, presidente dos Escritores Desportistas, membro do Conselho Superior do Cinema Francês e antigo membro dos Conselhos da Rádio e da Televisão. É também comendador da Legião de Honra.





PONTUAÇÃO DO LIVRO
  • ✰✰✰ - Bom












domingo, 5 de fevereiro de 2017

"O Rapaz do Fato de Veludo", por Michel-Davet


Identificação do Livro

Autor: Michel-Davet
Título Original: Le Collégien De Velours
Edições: Portugália
Nº. de págs.: 145
Colecção: Biblioteca das Raparigas - nº 70
Ano de edição:
1971
Classificação:
Literatura Juvenil. Dos 10 anos em diante.



Sinopse: Um misterioso gatuno entrava todos os dias em casa do velho coronel Fabien e roubava maçãs e bolos. Um dia, foi apanhado em flagrante: tratava-se de um rapazito esfomeado e andrajoso que viera de Itália para França em condições dramáticas. Estava-se no tempo de Napoleão. Em Nápoles, o rei Murat fora também expulso da corte; a estadia ali dos franceses perigava. A criança, que nada mais soubera dos pais - haviam ficado em Itália - é recolhida pelo coronel e sua irmã, a menina Finette. Espantosas aventuras se seguirão, até porque o rapazito era... uma rapariga. MICHEL-DAVET, autora desta história original, é uma romancista de grande êxito entre a juventude. Algumas das suas obras foram aproveitadas para argumentos de filmes, igualmente bem sucedidos. A história do rapaz do fato de veludo, que afinal é uma rapariga, é um desenrolar de espantosas aventuras cheias de humor e de ternura, de imprevisto e de humanidade.


Opinião Pessoal

Este mês encontrei três tesourinhos que pertenceram à educação do Estado Novo no nosso país. São três livros da Portugália Editora que fazem parte da Coleção Biblioteca das Raparigas 😃.
É um marco importante da educação em Portugal a existência de escolas masculinas e escolas femininas, assim como a divisão de alguns estabelecimentos públicos, como as bibliotecas, em alas para rapazes e alas para raparigas. Ainda hoje é possível encontrar esses vestígios em alguns edifícios, como por exemplo a atual Biblioteca Municipal de Lousada (distrito do Porto).

São deveras interessantes os títulos desta coleção, implicitamente educam a rapariga para o tradicional trabalho doméstico e a vida familiar. Contudo, a vida pode ter aventuras, como é o caso da história desta rapariga do fato de veludo. Uma história deliciosa que acaba bem!

Quando terminei de ler este livro, senti que as nossas crianças e adolescentes precisam de ler mais histórias que acabam bem! Histórias que desafiam a mente, mas que promovem os bons valores e, acima de tudo, incentivam a praticar boas ações.

Ser criança não é fácil. Ser adolescente não é fácil.
Ser jovem não é fácil. Ser adulto não é fácil.


É preciso semear coisas boas, para colher coisas boas e alimentarmo-nos de coisas boas.
Isto é um ciclo para combater a maldade.

As crianças têm necessidade de ser boas para serem felizes. Caso contrário, o seu crescimento estará fundado em pilares de areia, que na adolescência ou juventude cairão, tornando-se adultos com graves problemas estruturais. É preciso prevenir estas situações, daí a minha solução passar pela leitura de bons livros que transmitam bons valores e boas ações - uma corrente de boa energia.









PONTUAÇÃO DO LIVRO
  • ✰✰✰ - Bom