domingo, 9 de outubro de 2016

"Meias de Seda", de Kate Chopin


Identificação do Livro

Autor: Kate Chopin
Título Original: A pair of silk stockings and other stories
Edições: Coisas de Ler
Nº de Págs.: 116
Ano de Edição: 2002
Classificação: Contos
Sinopse:  Escritas com humor e uma aguda percepção da psicologia feminina, as presentes histórias revelam-nos uma importante escritora norte-americana, Kate Chopin, cuja obra mais relevante e controversa é o romance "Despertar". Ultrapassando muitas das convenções do século XIX, Kate Chopin consegue pôr em causa a submissão a que as mulheres, nessa época, estavam sujeitas.



Opinião Pessoal

Comprei este livro numa Feira do Livro para poder completar o Desafio "What's in a name? 2016", na categoria «uma peça de roupa». Por isso, só prestei atenção ao título e a nada mais. Mal sabia o tesourinho que estava a levar comigo.
De facto, este livro é um miminho, de leitura super fácil, com personagens engraçadas e interessantes, onde os pensamentos e sentimentos são falados sem tabus. De notar que a autora, Kate Chopin, escreveu com base na sociedade onde vivia, mostrando-nos a tal submissão e repressão sobre as mulheres em geral. Gostei das várias expressões francesas que a autora usou, fruto da sua educação.
Aconselho a sua leitura!

  Desafio "What's in a name? 2016", na categoria «Uma Peça de Roupa.



PONTUAÇÃO DO LIVRO

  • ✰✰✰✰ - Muito Bom


Sugestões




⊱✿◕‿◕✿⊰ 


domingo, 18 de setembro de 2016

"O Céu Existe Mesmo", de Todd Burpo e Lynn Vincent



Identificação do Livro

Autores: Todd Burpo e Lynn Vincent
Título Original: Heaven is for real
Edições: Lua de Papel
Nº de Págs.: 160
Coleção: Ideia Luminosa
Ano de Edição: 2011
Classificação: Memórias e Testemunhos
Sinopse: Colton Burpo tinha quatro anos quando foi operado de urgência. Meses mais tarde, começou a falar daquelas breves horas em que esteve entre a vida e a morte, e da sua extraordinária visita ao céu. O seu relato só agora foi revelado pelos pais. E tornou-se num fenómeno editorial sem precedentes.
Foi em 2003 que o pequeno Colton, sentado na sua cadeirinha no banco de trás do carro, começou a falar sobre os anjos que o tinham visitado durante a operação à apendicite aguda... O pai, sacerdote, nem queria acreditar. Estacionou, respirou fundo, e fez algumas perguntas ao filho. E o miúdo respondeu, sem dar muita importância ao assunto. Falou do que viu, dos seus encontros com Deus e com Jesus, das visões que teve durante a cirurgia, da mãe e do pai a rezarem enquanto ele era operado. Foi apenas o início. Colton tinha de facto visitado o céu, e trazia consigo uma importante mensagem para partilhar.


Opinião Pessoal

Este não é o meu género de livro, mas encontrava-se na estante...
O início da história é contado de uma maneira típicamente norte-americana e ao estilo "best-seller", não gostei. Mas quando a ação se vai desenrolando, o discurso muda ligeiramente para um tom mais pessoal e fica mais interessante, já que é o pai do menino que nos conta, na primeira pessoa, o que aconteceu. São usados bastantes diálogos e comentários do autor, Todd Burpo, que tornam a leitura mais fácil.

Quanto à temática, é interessante, mas não me vou pronunciar,  
Este género de livros costuma criar legiões de fiéis fictícios, é pena.



PONTUAÇÃO DO LIVRO

  • ✰✰✰✰ - Bom




Sugestões





sexta-feira, 19 de agosto de 2016

"O Que Aprendi Com A Minha Mãe", de Helena Sacadura Cabral


Identificação do Livro

Autor: Helena Sacadura Cabral
Edições: Objectiva
Nº de Págs.: 208
Ano de Edição: 2014
Classificação: Memórias e Testemunhos
Sinopse: Nestas páginas, Helena Sacadura Cabral partilha memórias ternas e reflexões inspiradoras sobre os vínculos que unem as mães aos seus filhos. Porque, afinal, todos somos marcados pelo que aprendemos com aquela que nos deu a vida. Diz a autora: «As figuras femininas que mais influenciaram a minha vida foram a minha mãe e a minha avó materna. A elas devo uma boa parte daquilo que sou.»



Citações:

"Falamos de mais. Da vida dos outros e até da nossa. Quando se sabe que qualquer um destes só deveria interessar aos próprios. Mostramos as nossas casas esquecendo que elas são o nosso mais íntimo refúgio. Partilhamos casamentos, batizados e divórcios. Falamos dos nossas doenças expondo o lado mais dramático da nossa existência. Enfim, nesta espécie de pós-modernidade, habituámo-nos a viver nus. De corpo e de alma, sem que isso pareça incomodar ou surpreender alguém. Ou seja, como diz o nosso sábio povo: «pomo-nos a jeito e depois queixamo-nos»!"
"Viver é uma arte. Que não depende de formas, volumes ou cores usadas isoladamente. Depende, sim, da capacidade que tenhamos de misturar todos estes ingredientes e de criarmos algo verdadeiramente harmónico. A vida é, também, uma caminhada feita com pessoas muito diversas. É no respeito para com essa diversidade, na harmonização desses diferentes modos de viver, que seremos mais felizes. Foi esse desejo de harmonia que recebi da minha Mãe." 



Opinião Pessoal

Gostei muito do grafismo do livro, da disposição dos títulos, da escrita simples e direta, dos temas sucintamente falados... É um livro muito feminino sem ser coquette (como acontece com Margarida Rebelo Pinto).
Na televisão já tinha visto Helena Sacadura Cabral em alguns programas, sei que é mãe de dois políticos conhecidos, contudo este foi o primeiro livro da sua autoria que li.
Gostei e aconselho a sua leitura  



PONTUAÇÃO DO LIVRO

  • ✰✰✰✰ - Bom



Sugestões




⊱✿◕‿◕✿⊰ 

 

quinta-feira, 28 de julho de 2016

"Dom Casmurro", de Machado de Assis



Identificação do Livro

Autor: Machado de Assis
Edições: Versão digital
Nº de Págs.: 105
Classificação: Romance



Opinião Pessoal

É a terceira obra que leio de Machado de Assis.
Gostei de "A Pianista"  e "O Alienista", mas realmente "Dom Casmurro" pertence a um nível mais elevado - é um Grande Clássico da Literatura Brasileira!


PONTUAÇÃO DO LIVRO

  • ❤ - Favorito











Sugestões

Há muitas infos na internet. Basta procurar.




terça-feira, 26 de julho de 2016

Desafio - "What's in a name?" 2016




Através do blogue Tantos Livros Tão Pouco Tempo, descobri este desafio super interessante ☺.
O desafio é organizado pelo blogue The Worm Hole e consiste em ler, durante o ano de 2016, livros cujos títulos contenham:
  1. Um país
  2. Uma peça de roupa
  3. Uma peça de mobiliário
  4. Uma profissão
  5. Um mês do ano
  6. Um título com a palavra "árvore"
Os livros escolhidos podem ser em qualquer formato (áudio, papel, ebook) e, embora a organizadora prefira que não sejam utilizados noutros desafios, não é contra as regras. Para cada uma das categorias é necessário ler um livro distinto. Uma vez que não há obrigatoriedade de fazer uma lista prévia, vou escolhendo à medida que for lendo. Podemos entrar no desafio em qualquer altura do ano ☺.

                            ✦ ✧ ✩ ✫ ✬ ✭ ✮ ✯ ✰ 

À medida que eu for lendo, vou completando a lista com os títulos originais:
  • Um país - "El Amante Japonés", de Isabel Allende
  • Uma peça de roupa - A pair of silk stockings and other stories, de Kate Chopin




    Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 



    domingo, 12 de junho de 2016

    "A Última Testemunha de Auschwitz", de Denis Avey



    Identificação do Livro

    Autor: Denis Avey
    Título Original: The Man Who Broke Into Auschwitz
    Edições: Clube do Autor
    Nº de págs.: 320
    Ano de Edição: 2011
    Classificação: Memórias e Testemunhos


    Sinopse: A Última Testemunha de Auschwitz é a história verdadeira e impressionante de um soldado britânico que entrou de livre vontade em Buna-Monowitz, o campo de concentração conhecido com Auschwitz III, para testemunhar na própria pele os horrores sofridos pelos judeus.
    Denis Avey era prisioneiro do campo de trabalho E715, próximo de Auschwitz III. Muito se ouvia falar da brutalidade aplicada aos prisioneiros judeus, mas Denis queria certificar-se de que os boatos eram de facto verdadeiros. Decidiu ir pessoalmente testemunhar tudo o que lhe fosse possível, colocando em risco a sua própria vida.
    Durante décadas, não conseguiu revisitar o passado, mas agora Denis Avey foi finalmente capaz de contar toda a história, oferecendo-nos uma visão única do íntimo de um homem cuja coragem é quase inacreditável.






    Opinião Pessoal

    Em sintonia com a Jornada Mundial da Juventude 2016 em Cracóvia, na Polónia, decidi pegar neste livro que estava na estante à minha espera. Passaram 70 anos desde o fim da 2ª Guerra Mundial, durante a qual a Polónia foi palco dos mais horríveis atentados à humanidade. A presença do Papa Francisco neste país é um sinal de paz, assim como o foi o Papa João Paulo II (polaco de gema e contemporâneo da 2ª Guerra Mundial). Os campos de concentração em Auschwitz e os guetos de Varsóvia foram símbolos do regime nazi contra os judeus.
    Este livro é mais um testemunho dessa loucura que abalou os alicerces da Sociedade, os alicerces do mundo. Não é um judeu sobrevivente, mas sim um militar britânico que conta em primeira mão o que viveu e sentiu na pele.
    Nunca são demais estes depoimentos, estas histórias de vidas, porque é importante não esquecer o que aconteceu, é importante evitar que aconteça.
    Por isso testemunhar é um ato de coragem!


    Não é demais lembrar que a temática das Grandes Guerras Mundiais me fascina. Aconselho a leitura deste e de outros livros, como por exemplo "Os Anagramas de Varsóvia" de Richard Zimler já comentado aqui no blogue.







    Pontuação do Livro
    ✰✰✰✰✰ - Muito Bom









    domingo, 21 de fevereiro de 2016

    "A Metamorfose", de Franz Kafka


    Identificação do Livro

    Autor: Franz Kafka
    Título Original: Die Verwandlung
    Edições: Leya
    Nº de Págs.: 96
    Coleção: Coleção BIS - Livros de Bolso
    Ano de Edição: 2013
    Classificação: Romance

    Sinopse: «Certa manhã, ao acordar após sonhos agitados, Gregor Samsa viu-se na sua cama, metamorfoseado num monstruoso insecto.» É assim que começa «A Metamorfose», uma das mais emblemáticas obras de Franz Kafka. Nesta narrativa, o autor recorre à terrível metamorfose física e ao desespero da personagem para abordar os temas transversais a toda a sua obra: o comportamento humano, a impotência perante o absurdo e a frustração provocada por uma sociedade opressora e burocrática.



    Opinião Pessoal

    Das muitas interpretações que se pode tirar deste livro,
    o que tem mais significado para mim é o facto de Gregor ser o sustento e o pilar da família, a responsabilidade caía toda sobre ele: o filho mais velho. Os pais não trabalhavam porque, aparentemente, tinham uma certa limitação devido à sua saúde, e estariam já reformados; enquanto que a irmã mais nova não trabalhava por ainda não ter idade, mas ajudava nas lidas domésticas e ocupava o seu tempo livre com aulas de violino. No entanto, a partir do momento que se dá a metamorfose, vê-se a irmã mais nova tomar as rédeas da família e os pais a procurarem trabalhos para poderem trazer comida para casa... Ou seja, de uma situação passiva, os membros daquela família passaram para uma situação ativa, dinâmica, em prol da sociedade.

    Isto acontece em muitas famílias, onde alguém tem o peso total da responsabilidade sobre os ombros. Isso não é saudável e provoca conflitos a curto ou médio prazo.
    Obviamente que há problemas de saúde que impossibilitam a pessoa de trabalhar, mas fora esses casos, todos os membros da família devem contribuir para o sustento da mesma, seja em trabalhos a tempo parcial ou nas ocupações das lidas domésticas (a economia doméstica continua a ser uma boa escola).


    Particularmente, gostei do livro, foi menos cansativo que «O Processo»,  contendo também fortes críticas sociais, tão comum nas obras de Kafka.
    Aconselho a sua leitura =)



    PONTUAÇÃO DO LIVRO

    • ✰✰✰✰ - Bom



    Sugestões




    ✦ ✧ ✩ ✫ ✬ ✭ ✮ ✯ ✰


    domingo, 17 de janeiro de 2016

    "O Amante Japonês", de Isabel Allende


    Identificação do Livro

    Autor: Isabel Allende
    Título Original: El Amante Japonés
    Edições: Porto Editora
    Nº de Págs.: 336
    Ano de Edição: 2015
    Classificação: Romance

    Sinopse: Em 1939, quando a Polónia capitula sob o jugo dos nazis, os pais da jovem Alma Belasco enviam-na para casa dos tios, uma opulenta mansão em São Francisco. Aí, Alma conhece Ichimei Fukuda, o filho do jardineiro japonês da casa. Entre os dois brota um romance ingénuo, mas os jovens amantes são forçados a separar-se quando, na sequência do ataque a Pearl Harbor, Ichimei e a família - como milhares de outros nipo-americanos - são declarados inimigos e enviados para campos de internamento. Alma e Ichimei voltarão a encontrar-se ao longo dos anos, mas o seu amor permanece condenado aos olhos do mundo. 
    Décadas mais tarde, Alma prepara-se para se despedir de uma vida emocionante. Instala-se na Lark House, um excêntrico lar de idosos, onde conhece Irina Bazili, uma jovem funcionária com um passado igualmente turbulento. Irina torna-se amiga do neto de Alma, Seth, e juntos irão descobrir a verdade sobre uma paixão extraordinária que perdurou por quase setenta anos. 
    Em O amante japonês, Isabel Allende regressa ao estilo que tanto entusiasma o seu público, relatando de forma soberba uma história de amor que sobrevive às rugas do tempo e atravessa gerações e continentes.



    Opinião Pessoal

    É o primeiro livro que leio desta autora, foi-me oferecido como prenda de Natal. No entanto, eu já tinha ouvido falar muito dela, é uma escritora conceituada, com o seu lugar bem marcado, muito apreciada pelo público. Mas, como é autora de best-sellers, hesitei. Não sei porquê, comecei a ganhar uma certa aversão a autores best-sellers, dá-me ideia que escrevem por escrever, nem têm tempo de sentir o que escrevem para cumprirem os prazos da editora, daí tornar-se uma narrativa vazia de
    conteúdo. Só que eu até gostei do livro, primeiro, porque fala dos tempos da Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos da América, uma perspetiva que enriquece sempre; segundo, porque a personagem principal é riquíssima nas suas vivências, e por último, porque mostra um modelo de lar para a terceira idade fantástico.

    Ora, com respeito à Guerra propriamente dita, fiquei a saber que, quando o Japão se envolveu em confrontos com os EUA, todos os japoneses que viviam nos EUA foram constituídos suspeitos de traição, e levados para campos de concentração, em modo semelhante ao que se passou na Europa, mesmo aqueles japoneses que tinham dupla nacionalidade e os seus filhos que eram norte-americanos de gema, apesar da fisionomia oriental. É um facto que me choca! Os campos de concentração são lugares terríveis, onde não há liberdade, dignidade nem tempo. Acho que foi uma medida desmesurada e desproporcional. Só mostra o quão racistas e xenófebos o povo norte americano por ser, que não é capaz de lidar com as diferenças étnicas, originando crises de revolta civil, como aconteceu nos anos 50/60 com o povo negro.

    Em relação à personagem principal, Alma Belasco, é uma anciã cheia de experiências e sentimentos, sobretudo porque viveu nos tempos da Guerra e só isso muda uma pessoa. Tal como todos os baús, guarda segredos. Se bem que na sinopse da capa o enredo é desmistificado (a meu ver, falha da editora), mas o conteúdo do livro consegue ainda surpreender o leitor em alguns momentos.

    Falta-me então referir o tal modelo de lar para a terceira idade que achei maravilhoso e que deveria ser implementado aqui no país, de certeza que teria sucesso. Conhecer e respeitar o outro são as chaves fundamentais para que a estadia dos utentes seja benéfica, para além de uma boa equipa de auxiliares (pessoas competentes, humildes, e respeitadoras do espaço próprio de cada utente). A velhice é uma fase da vida que é estudada e respeitada - isto é lindo!


    PONTUAÇÃO DO LIVRO

    • ✰✰✰✰ - Bom





    Desafio




    Sugestões




    (◕‿◕✿)