quarta-feira, 23 de abril de 2014
terça-feira, 15 de abril de 2014
"A Arte de Amar", de Elizabeth Edmondson
Identificação do Livro
Autor: Elizabeth Edmondson
Título Original: The Art Of Love
Edições: ASA
Nº. de págs.: 400
Colecção: Literatura Romance
Ano de edição: 2009
Classificação: Romance
Sinopse: "Polly Smith está a tentar sobreviver enquanto artista quando Oliver, seu amigo e mecenas, a convida a ir para casa do pai no Sul de França. Entusiasmada por poder fugir do frio e da chuva de Londres e do noivo monótono, Polly pede a sua certidão de nascimento para poder requerer um passaporte. Mas é aí que o seu mundo desaba: aquela que sempre pensou ser sua mãe é, na verdade, sua tia; a identidade do pai é desconhecida e até o seu próprio nome não está correcto. A sua «fuga» para o sol da estimulante da Riviera imprime uma nova vida à sua pintura, mas nem tudo corre bem na mansão onde está hospedada. O pai de Oliver foi forçado a abandonar a Inglaterra no meio de um escândalo e, apesar do sofisticado e cosmopolita grupo de amigos que o rodeia, está prestes a ser apanhado pelo seu passado. E, embora Polly se encontre no centro de uma teia de mentiras, o seu próprio futuro começa a tomar um novo e fascinante rumo..."
Opinião Pessoal
Sinceramente, não gostei deste livro, desta história, nem da autora.
Não é uma escritora brilhante apesar dos seus livros serem bestseller's. O seu tipo e a sua forma de escrita é simples, mas não é cativante nem envolvente.
Primeiramente, o que me desgostou foi a capa escolhida pela editora ASA porque não tem nada a ver com a história, e depois foi a sinopse que está mal feita; estes dois pontos, capa e sinopse, induzem o leitor em erro, o que não deveria acontecer. Se atentarmos na versão inglesa pela editora HarperCollins Publishers, tanto a capa como a sinopse estão de acordo com a história (ver aqui), porque contextualizam no tempo e no espaço a acção.
Em segundo, a construção das personagens não foi a mais bem sucedida, exceptuando-se Polly, a personagem principal, que a meu ver é a única que se salva. A autora criou uma teia de personagens interligadas entre si numa nuvem de coincidências bizarras - eu acredito em coincidências, contudo a autora exagerou e fantasiou um pouco. A saída de algumas personagens foi forçada, como aconteceu com Roger, noivo de Polly, e Sir Walter, o vilão da história - o que dá a ideia errada de que podemos enterrar os nossos problemas pois eles não irão aparecer. Seria mais enriquecedor haver um confronto final entre Polly e Roger ou com Sir Walter.
Devido a esta mixórdia de histórias individuais a ocorrerem ao mesmo tempo, penso que Elizabeth Edmondson tem mais jeito para escrever guiões de filmes do que livros, é que a divisão dos capítulos corresponde tal e qual a cenas de filmes (take 1, take 2, take 3, etc...). Esta autora não chega aos calcanhares da portuguesa Rosa Lobato de Faria, que também usou no seu livro "O Prenúncio das Águas" essa técnica da divisão dos capítulos de acordo com a visão de cada personagem. Se repararem, "A Arte de Amar" não perderia nada se fosse adaptado para o cinema.
Em terceiro lugar, não me pareceu haver um rigor histórico. É verdade que se menciona as pinturas vanguardistas dos inícios do séc. XX, juntamente com a vida precária dos artistas em geral. Mas Sommerset Maugham faz isso mil vezes melhor com mais qualidade, precisão e rigor, tal como se vê em "A Lua e Cinco Tostões".
Por último, há alguns pontos que poderão ser considerados interessantes, nomeadamente quanto ao pensamento da época e a alguns costumes ou práticas da sociedade londrina, mas não são suficientes para eu dizer que o livro vale a pena.
Em jeito de conclusão, este tipo de livrosbestseller's são para leitores menos exigentes, pessoas atarefadas com o seu dia a dia e/ou com pouca prática de leitura. Como disse mais acima, a escrita é simples e perfeitamente compreensível, há escândalos corriqueiros e intrigas, uma boa história para se vender porque não obriga o leitor a pensar muito.
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